PERGUNTA: Quando fui ao pronto socorro para dar pontos num corte do pé que fiz na praia jogando futebol a enfermeira disse-me que iria me aplicar vacina antitetânica pois eu poderia estar contaminado com a bactéria. Achei estranho pois imaginava que eu deveria tomar SORO, e não VACINA. Estou enganado?
RESPOSTA: A ponderação do paciente é perfeita pois a enfermeira se equivocou! De certo ela aplicou soro antitetânico mas erroneamente o chamou de vacina. O SORO é uma imunização PASSIVA, pois já contém anticorpos. É passiva pois o corpo é passivamente defendido. A imunização ATIVA é aquela em que após reconhecer um antígeno (molécula estranha invasora, como venenos e proteínas, geralmente) em vírus, bactérias e outros patógenos o sistema imunitário aprende a produzir anticorpos e essa resposta será duradoura, graças às células de memória geradas pelos linfócitos B. Inocula-se soro antitetânico para que os seus anticorpos inativem a bactéria do tetano (Clostridium tetani) rapidamente pois para essa doença as ação e crescimento das bactérias são mais rápidos que a resposta imunitária ativa do organismo, e este morreria. É como no caso de uma picada de cobra cascavel: o corpo começa a produzir ativamente anticorpos contra o veneno, mas este age tão rápido que a vítima morre antes da resposta imunitária ativa. Nesse caso administram-se soros antiofídicos (ofídeos são as serpentes) com os anticorpos prontos.
IMUNIZAÇÕES ATIVAS: Vacinas e contrair a doença – Em ambos os casos os ANTÍGENOS estimulam os linfócitos B.
IMUNIZAÇÕES PASSIVAS: Soros e leite materno – Já há ANTICORPOS prontos. O organismo é passivo na imunização.
Abaixo duas pranchas de PowerPoint de uma palestra do Prof. Estevão ministrada em Portugal, onde DNA é chamado de ADN: