PERGUNTA: Uma droga que evitasse a manifestação do ciclo LISOGÊNICO viral evitaria que o HIV infectasse um linfócito T e que o SARS-CoV-2 infectasse uma célula alveolar pulmonar?
RESPOSTA: O ciclo viral lisogênico é aquele em que o DNA viral (em DNA vírus e em retrovírus) se acople ao DNA da célula hospedeira e ali fique latente por um período de tempo após o qual entraria em atividade e desse início ao ciclo lítico.
A pergunta é duplamente impertinente pois a infecção é anterior ao ciclo lisogênico. A infecção é a contaminação, a acoplagem do vírus na membrana plasmática e posterior inoculação do seu material genético. Outro equívoco é que o SARS-CoV-2 é um vírus RNA+, não é um retrovírus e portanto NUNCA exibirá ciclo lisogênico.
É importante relembrar que enquanto o DNA viral está latente no genoma dos linfócitos T (células CD-4) o indivíduo é denominado SORO +, não manifesta a doença, ainda não é aidético todavia pode transmitir o vírus que esta no sangue para outras pessoas (ato sexual, agulhas de injetáveis, via placentária, aleitamento e transfusão de sangue). Nessa condição a pessoa apresenta resposta imunológica normal, todavia quando o vírus incubado (DNA viral integrado) “despertar” o ciclo lisogênico dará origem ao ciclo lítico e utilizará os linfócitos T como máquina de sua replicação e levando-o a lise ou morte celular, caracterizando a condição aidética do paciente. Nessa circunstância uma síndrome imunológica causada por parasitas oportunistas se instala e o aidético morre por infecções múltiplas.
Veja a imagem abaixo com uma lousa do Prof. Estevão