PERGUNTA: Depois de ser “lido” pelos ribossomos e traduzido num polipetídeo qual o destino do RNAm? Depois que os íntrons são eliminados do RNAm imaturo pelo processo de “splicing” o que acontece com eles? Perdem a função? Para onde vão?
RESPOSTA: O RNAm tem um “prazo de validade” e depois de cumprir com a sua função, lido por um ou por vários ribossomos em cadeia (poli ribossomos), ele é metabolizado, descontruído no hialoplasma e os seu nucleotídeos reaproveitados. É por isso que a vacina de RNAm da Pfizer não faz as células que o incorporaram produzir o antígeno “spike” do SARS-CoV-2 para sempre. Ele é degradado após um tempo, tempo este suficiente para que a célula produza o antígeno, emita-o para o sangue e sensibilize os linfócitos B, que produzirão anticorpos, células de memória e plasmócitos no processo de imunização ativa primária..
A “longevidade” de uma molécula de RNAm no hialoplasma depende de uma série de eventos sinérgicos cujo feedback foge e transcende do propósito dessa resposta, embora sejam fascinantes.
Os íntrons são enzimaticamente degradados, convertem-se em RNA-nucleotídeos e posteriormente servem de construção de mais RNAm durante uma outra transcrição, sob o controle da enzima RNA polimerase. Tudo isso ocorre ainda na cariolinfa (dentro do núcleo de uma célula eucarionte).
Sobre “splicing” de RNAm sugere-se que se leia a publicação abaixo:
https://imatbrasil.com.br/perguntas-e-respostas/acidos-nucleicos-introns-e-exons/